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SOBRE O SOTAPANNA YOGA

O nosso propósito:

O Sotapanna Yoga nasceu de uma intenção de disseminar as práticas do yoga e seus benefícios aos nossos conhecidos.

A ideia foi ampliada para projeto maior: compartilhar tais práticas, benefícios e todos os assuntos que consideramos relevantes e interessantes para o bem estar do ser humano com um público maior. 

Daí nasceu o Sotapanna Yoga! 
Sotapanna é um termo budista que quer dizer "aquele que entra nas águas do rio" ou seja, aquele que vem junto, acompanha o fluxo e abraça a ideia. O termo está vinculado à soltura das amarras da mente que impedem a liberdade e a iluminação do ser.

Assim, sotapanna seria o primeiro dos quatro estágios a serem cumpridos para o despertar da consciência e a liberação do ser das correntes da dor e do sofrimento.

Pretendemos compartilhar com nossos leitores ideias, textos, cursos, trabalhos, enfim, assuntos que acreditamos contribuir com um viver melhor. Os assuntos serão distribuídos em 4 categorias: Saúde & Bem-Estar; Corrida & Performance; Espiritualidade & Transcendência; Cultura & Sociedade.  

 

A cada semana, às quartas-feiras, serão postados assuntos relacionados às categorias Saúde & Bem-Estar Espiritualidade & Transcendência; e aos sábados os assuntos sobre  Corrida & Performance e Cultura & Sociedade.   

Convidamos a todos que embarquem nessa jornada que segue o fluxo natural da vida e se permitam sensações e descobertas!  

Continuem lendo, praticando e se divertindo!

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O símbolo que adotamos para Sotappana Yoga é o trigrama Gen (ou Kên), do I Ching (Livro das Mutações). Esse símbolo representa a Montanha.
 
No I Ching, a Montanha é o símbolo da Quietude. A Montanha representa a ligação mais forte entre a Terra e o Céu. Quietude é o cessar do Movimento, quando o mesmo deve ser parado. Alguém que alcança o cume de uma montanha, é obrigado a deter seus passos, pois poderá despencar no abismo.

A Montanha representa, portanto, a harmonia entre a ação e o repouso, quando tanto um como o outro cessam e alcançam o seu estágio natural. É a harmonia entre a Terra e o Céu. Quando se alcança o cume de uma montanha, o que se encontra é o silêncio e a paz. É sinal de sabedoria deter-se quando assim a situação se apresenta; e de mover-se (agir) de modo correto, em momento apropriado. Algumas interpretações relacionadas a esse trigrama – essa harmonia entre quietude e movimento – indicam um possível precursor das práticas do yoga.

Nossos êxitos dependem de reconhecer o momento oportuno para agir e refletir sobre o que se pretende fazer. Para não ficar estagnado, necessário se faz a ação; para não ir além da medida, é necessário quietude para observar e refletir.
 
Quando compreendemos que o fluxo natural da vida é a alternância entre expansão (ação /movimento) e retração (recolhimento /quietude), permanecemos em harmonia com as exigências do tempo, sem atropelos, sem estagnações. A nossa existência então se ilumina quando acolhemos as leis da naturalidade do fluxo da vida em nosso coração, não havendo mais espaço para equívocos e arrependimentos.
 
A Quietude nos convida à meditação. A serenidade alcançada pelo estado de Quietude, não se restringe a nenhuma circunstância da vida em especial. Se não houver a plena compreensão do significado do fluxo natural da vida, podemos cair na armadilha de tentar se aquietar à força.  Portanto, saber distinguir entre o silêncio inspirador e o lamento superficial, ou seja, discernir entre a verdade interior e as ilusões do exterior, é a diferença entre a quietude que surge espontaneamente (pela compreensão) e a tranquilidade forçada, que se faz por meio de um esforço bruto e artificial. Quando se tenta controlar as agitações interiores por meio da força e da violência, isso é como abafar o fogo, que se transforma em uma fumaça asfixiante e nos intoxica. Impor a quietude, apenas irá causar mais perturbações.

A Montanha, portanto, é o símbolo que representa Sotappana Yoga. Saber agir, saber parar. Aprender com a quietude interior como agir na agitação exterior. Embora as dúvidas continuarão a nos assaltar, quando tomamos refúgio na quietude e no silêncio, encontramos sabedoria para agir com diligência, com harmonia, de maneira que somos conduzidos ao um nível mais elevado de compreensão da existência.

Quando desafiados pelas circunstâncias da vida, saberemos quando e como agir e quando e como parar; aprenderemos que ao tempo nada se impõe, pois ele é o mestre da resignação e da resiliência, e temos muito o que aprender. Seguindo o fluxo natural da vida (movimento / repouso, expansão / retração), estaremos em harmonia com a Terra e o Céu, vivendo a plenitude da existência.

A cor
 
A cor que representa o Sotapanna Yoga é o violeta, resultante da mistura do vermelho com o azul, ainda que suavizado pela adição do branco, o que a torna próxima do lilás.  Estas são consideradas as cores mais raras presentes na natureza.
 
O violeta é a cor dos sentimentos ambivalentes, dos opostos, daqueles que se complementam, acatam as diferenças e permitem as transformações e fusões.  

De todos os seus significados – que são muitos e que foram se modificando ao longo dos séculos – destacamos aqueles mais positivos, que se afinam com nossos propósitos: é a cor das transformações e fusões, da teologia, da sobriedade, da singularidade, da purificação, dos chakras. 

O violeta e o lilás estão presentes em muitas áreas diferentes. No zodiáco, por exemplo, os dois peixes que representam o signo de Peixes estão de acordo com a duplicidade do violeta, na qual ora domina o vermelho, ora o azul.  Também está em Gêmeos, signo regido pelo planeta Mercúrio, que é o deus do comércio. Comerciar, aqui, tem um significado mais amplo, está ligado à trocar, mudar, transformar, Assim, é o signo da própria mutação. Gêmeos é o ser duplicado, no qual os opostos se unem e que vai se transformando sempre em seu contrário, ou seja, é a representação do ser que está em constante transformação e aprendizado. 

 
Enquanto representante das dualidades o violeta é a cor do poder, mas é também da humildade. Sua simbologia está associada à união dos opostos e vincula o vermelho e o azul, feminino e masculino, sensualidade e espiritualidade, sentimento e intelecto, amor e abstinência. No violeta os opostos se fundem.  
 
No campo esotérico, representa o chakra da coroa, onde está o cérebro, e onde se conectam os sentimentos e a inteligência. O vermelho e o azul, que formam o violeta, são cores presentes na regência do chakra básico, do laríngeo e do frontal. O vermelho do chakra básico é a cor da base, aquela que está presente em todo o corpo. Por tradição, esta cor rege a sexualidade, e, portanto, os órgãos sexuais. De forma genérica, o vermelho é a cor da coluna vertebral, dos ossos e, naturalmente, do sangue. A região laríngea se representa pela cor azul-claro. Essa região quase não se deixa influenciar pelas emoções, é a área da linguagem, é frio azul do intelecto puro.  O azul índigo, regente do chakra frontal, domina a percepção governada pelo intelecto.. É onde se localiza a fronte, e, portanto, simboliza a profundidade dos pensamentos. 

Na simbologia indiana, o violeta é a cor da metempsicose, que é a transmigração das almas e na psicologia moderna está associado à expansão da consciência por meio dos estimulantes. 

O violeta trabalha com a noção de fortalecimento para o enfrentamento dos desafios circunstanciais da vida a partir da compreensão das funções de complementariedade entre os contrários e não de oposição e conflito. Representa a fusão, a transformação, o aprendizado, o crescimento do ser, a inclusão das diferenças que orquestram o ritmo do fluxo natural da vida! 

 

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Pico do Lopo, Extrema, MG, 2019. Acervo: Marcelo Augusti.

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